A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou nesta segunda-feira (9) a Operação Tiger Hunt para desarticular uma organização criminosa acusada de promover fraudes por meio de jogos de azar na internet. A ação, coordenada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) de Cáceres, contou com o apoio da Delegacia Regional, 1ª Delegacia de Cáceres e do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Após cinco meses de investigação, os policiais identificaram um sofisticado esquema de estelionato e lavagem de dinheiro, que utilizava influenciadores digitais para atrair vítimas. Os suspeitos promoviam plataformas ilegais de jogos online, como o Fortune Tiger — popularmente conhecido como "Jogo do Tigrinho" — por meio de vídeos nas redes sociais em que apareciam vencendo grandes quantias com apostas mínimas.
Contudo, os resultados exibidos eram manipulados. Os investigados usavam versões de demonstração dos jogos, com senhas programadas para gerar vitórias fictícias. A estratégia servia para atrair apostadores e ampliar o lucro do grupo.
Além disso, a organização criminosa adquiria CPFs de pessoas em situação de vulnerabilidade por valores entre R$ 50 e R$ 100, obrigando-as a abrir contas bancárias digitais, usadas tanto para operações em sites de apostas quanto para lavagem de dinheiro das empresas dos suspeitos.
As investigações revelaram uma rápida evolução patrimonial entre os membros do grupo, que compraram imóveis, veículos de luxo, jet ski, joias e financiaram viagens para destinos turísticos, com frequência a restaurantes de alto padrão — um padrão de vida incompatível com a realidade da maioria da população.
Foram cumpridas 21 ordens judiciais, incluindo mandados de prisão, busca e apreensão, sequestro de bens móveis e imóveis, quebra de sigilos bancário e telefônico, além da suspensão das atividades econômicas das empresas envolvidas.
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